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TEXTO DE INTRODUÇÃO DA ÁREA DE LINGUAGENS E COMPONENTES CURRICULARES

TEXTO DE INTRODUÇÃO DA ÁREA DE LINGUAGENS

Os campos do conhecimento que compreendem a Área de Linguagens correspondem os componentes curriculares de: Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Educação Física e Arte. Os citados componentes curriculares são ofertados ao longo da trajetória do 6° ano ao 9° ano do Ensino Fundamental – Anos Finais. O propósito maior da Área de Linguagens é de proporcionar o desenvolvimento por parte dos estudantes de habilidades e competências nas diversas práticas de linguagem, de natureza linguística, artística e corporal, assim possibilitando continuidade e a ampliação do Ensino Fundamental – Anos Iniciais. Conforme o texto da Base Nacional Curricular Comum (BNCC):

A finalidade é possibilitar aos estudantes participar de práticas de linguagem diversificadas, que lhes permitam ampliar suas capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais e linguísticas, como também seus conhecimentos sobre essas linguagens, em continuidade às experiências vividas na Educação Infantil (BRASIL, 2017). 

Para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais – a Área de Linguagens por meio dos componentes curriculares procura explorar e desenvolver nos estudantes temáticas relacionadas a cultura e o imaginário infantil contemporânea e tradicional, como lendas, parlendas, parábolas, trava-línguas, jogos e brincadeiras, atividades de leitura e escrita, com enfoque na prática de alfabetização e letramento. Por outro lado, o Ensino Fundamental – Anos Finais – as expectativas de aprendizagem dos componentes curriculares da área visam o aprofundamento das aquisições e apropriações das práticas de linguagem conquistas no Ensino Fundamental I.

 Aqui vale salientar que os estudantes devem compreender que as diversas atividades humanas são mediadas pela linguagem, por meio das práticas de linguagem as pessoas interagem com outros e consigo mesmo, constituindo enquanto sujeito social. Nesse sentido, é relevante que os estudantes conheçam e apropriem das especificidades das linguagens, o contexto maior que estão inseridas e o constante movimento de transformação que estão sujeitas.

De acordo com a Base Nacional Curricular Comum, as competências especificas da Área de Linguagem para o Ensino Fundamental, são as seguintes:

 

 

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LINGUAGENS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.

2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.

4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo.

5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.

FONTE: BRASIL, 2017.

COMPONENTE CURRICULAR – LÍNGUA PORTGUESA – TEXTO INTRODUTÓRIO

 

A comunicação é um processo comum a todos os seres humanos, sendo assim, o estudo da linguagem busca levar a compreensão da comunicação humana ao longo da história dentro do contexto social e cultural ao qual o indivíduo está inserido. O ensino da língua não é um sistema pronto, acabado, por se tratar de um fenômeno vivo que envolve uma dinâmica que reconheça e valorize como forma de significação da realidade e expressão da subjetividade e identidade social e cultural.

É  preciso que se promova no ambiente escolar estratégias que leve o aluno a se apropriar dos vários tipos de linguagens( verbal, escrita, visual, corporal, libras, tecnológica...), fazendo uso de diversos gêneros textuais,  em situações  de uso social, na defesa de seus pontos de vista, exercendo com empatia seu direito de expressão, respeitando e sendo respeitado, partindo do contexto local para se chegar a dimensão global, exercendo a ética, o senso crítico, desenvolvendo habilidades de argumentação, narração, descrição, etc.

As ações pedagógicas precisam ser pensadas para o produzir com sentido, acessar informações contemplando as novas ferramentas de linguagem advindas das tecnologias digitais, de forma crítica, reflexiva, buscando a veracidade da informação, checando várias fontes, para resolução de problemas, realização de projetos autorais individuais e/ou coletivos, pois o uso competente da língua é fundamental para sua participação social, ética e cidadã.

É essencial que se reveja a organização dos conteúdos rigidamente normatizados em nome das normas cultas, comprometendo o poder de comunicação do aluno, criando um abismo entre o sujeito e a língua gerando e/ou contribuindo para os baixos índices de aprendizagem, evasão escolar, falta de motivação e até mesmo indisciplina na escola.

O ensino da língua deve formar leitores e escritores com práticas de leitura e escrita privilegiado o texto lido, escrito, falado, midiático e o discurso na perspectiva da intertextualidade, numa escuta atenta das expressões da criança, do adolescente, aproximando seus conhecimentos do código linguístico.

Aprender a língua não é apenas aprender ler a palavra, mas também seus significados culturais considerando questões regionais e locais, os modos pelos quais as pessoas do seu meio social entendem e interpretam a realidade e a si mesma. Se produz linguagem ao escrever uma carta, uma mensagem no celular, numa conversa entre amigos no banco da praça, considerando as diferentes características entre as pessoas e situações de comunicação. A linguagem usada pelo adolescente ao enviar uma mensagem no celular, certamente tem características diferente da linguagem usada por pessoas adultas numa conversa no banco da praça, assim como as diferenças nas mesmas situações em contextos históricos e sociais diferentes do nosso.

Um dos propósitos do ensino de Língua Portuguesa é tornar o sujeito proficiente na leitura. Etimologicamente o verbo ler vem do latim legere, colher, recolher, apanhar, tirar, escolher, captar com os olhos. No contexto atual do mundo informacional só aumenta a distância do ato de ler com o “captar com os olhos, colher, escolher”, essa leitura viva, significativa, parece não ter mais espaço diante da busca pela informação. Informação essa, burocratizada, engessada e superficial. Sobre essas questões Foucambert afirma:

Ler significa ser questionado pelo mundo e por si mesmo, significa que certas respostas podem ser encontradas na escrita, significa poder ter acesso a essa escrita, significa construir uma resposta que integra parte das novas informações ao que já se é (FOUCAMBERT, 1994, p.5.).

 

Ler vai além da decodificação de apropriação do sistema alfabético de escrita, pressupõe práticas reais de leitura e escrita projetando informações já conhecidas como instrumento para compreender e elaborar novos conhecimentos, considerando prioritário o significado daquilo que é escrito do que o rigor ortográfico dessa escrita.

Para Ana Teberosky a escrita não apresenta um fim em si mesma, mas nasce da necessidade real em determinadas circunstâncias. Cabe ao professor identificar o nível de escrita em que o aluno se encontra para que possa lhe oferecer novos desafios que o possibilite ampliar sua comunicação escrita, considerando o repertório social, cultural, bem como os interesses desse estudante, num ambiente estimulador.

É necessário que o professor entenda que a língua não se limita apenas a questão grafema/fonema, sem contudo desconsiderar os aspectos fonológicos e motrizes, mas considerando que a língua também é morfológica, semântica, sintática e pragmática; portanto, a contextualização da mesma é importantíssima.

As metodologias e estratégias planejadas para o ensino da língua devem considerar a formação leitora e escritora na perspectiva do letramento, tendo em vista que são processos distintos, ressaltando ainda que a compreensão do que se lê não é um processo natural, “ao ler o aluno não garante automaticamente a compreensão do que leu”. Esse processo deve ser ensinado, com estratégias e procedimentos para cada nível de leitura em que o aluno se encontra.

A linguagem possibilita a representação da realidade física e social criando vínculos com o pensamento, possibilita a representação do seu próprio pensamento e de outros, comunicando ideias e pensamentos de diversas naturezas, intenções, e discursos, estabelecendo relações que sem a linguagem não existiriam.

Os discursos têm significados distintos de acordo com a intencionalidade, com os hábitos e costumes, o conjunto de enunciados que lhe deu origem quanto as condições nas quais foi produzido, as habilidades do interlocutor e do receptor, os gêneros textuais, etc. Os discursos não acontecem no vazio, é preciso se pensar sobre o que se pretende dizer, numa relação dialógica entre o vivido, o que já foi produzido sobre o assunto, contemplando a intertextualidade.

O processo de ensino e aprendizagem da Língua se dá no tripé: aluno, que é o sujeito do ato de aprender; a língua, que é o objeto do conhecimento- como e fala, se escreve nos diversos contextos sociais e históricos; e o ensino, as práticas educacionais que devem fazer ponte entre o sujeito e o objeto do conhecimento, tendo na figura do professor o mediador de todo processo, desde o planejamento, organização e desenvolvimento das atividades, reflexão e avaliação para repensar e retomar o processo de modo a atender as demandas do aluno no contexto social.

Nesse sentido, ensino de Língua Portuguesa deve partir das situações reais de comunicação e uso da língua, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Pensando no território, pode-se identificar eventos, espaços de vivência, práticas cotidianas, usos e costumes das comunidades em que as unidades escolares estão inseridas, como as feiras livres, festas religiosas e profanas, encontros nas praças, eventos esportivos como futebol de campo ou salão, vaquejada, capoeira. Destes vivências e experiências partilhadas pelo público estudante orienta-se identificar e explorar os diversos gêneros textuais (orais ou escritos) que são produzidos, empregados, quais são suas finalidades e características. São situações reais de uso da língua que podem servir enquanto mote, ponto de partida para abordagem em sala de aula, contribuindo com o ensino da Língua Portuguesa de maneira contextualizada, promovendo a valorização da cultural local, da memória e do território.

 

COMPONENTE CURRICULAR – ARTE – TEXTO INTRODUTÓRIO

 

A BNCC vem ampliar o ensino de Arte já previsto nos PCNs colocando todos os educandos no papel de protagonista, expressando seus pensamentos, sentimentos e preferências. Arte é componente curricular da área de Linguagem com atividades de dança, música, teatro, artes visuais e artes integradas. As atividades de artes devem contemplar o conhecimento, a exploração e a crítica às manifestações artísticas do seu entorno e de outras comunidades e povos em espaços, tempos e contextos históricos distintos, promovendo a sensibilização, o respeito para com as diversidades.

Também deve ser competência da componente Arte, compreender as relações entre as diversas linguagens, inclusive no uso das novas tecnologias da informação e conhecimento, pesquisando diversa matrizes culturais, experimentando a ludicidade, ressignificando espaços dentro e fora da escola. O ensino de Arte deve possibilitar ao aluno a compreensão das relações entre mercado, consumo e as mídias nos modos de circulação e fruição das manifestações culturais. O aluno precisa desenvolver o senso crítico tornando-se capaz de perceber as influências sociais, econômicas e políticas no contexto cultural, bem como conhecer e valorizar bens culturais do seu contexto, do território, do país e do mundo.

Todo trabalho de Arte está focado nas possibilidades de vivência, de experimentar sons, ritmos, memórias, emoções, tecnologias e práticas corporais para a expressão, e conhecimento do mundo em suas múltiplas e complexas relações. Criar oportunidades de fruição das artes e das culturas, criar situações de expressão de pensamentos e ideias, é também promover o desenvolvimento de valores éticos, estéticos e políticos que favorecem as aprendizagens, o respeito às diferenças. O contato e apreciação de manifestações artísticas diversas, desenvolve a sensibilidade como ferramenta da compreensão nas relações humanas e na formação do ser cidadão.

No Ensino Fundamental é preciso assegurar aos estudantes interações com manifestações artísticas e culturais nacionais e internacionais, de diferentes épocas e contextos. Desse modo, espera-se que o componente Arte contribua com o aprofundamento das aprendizagens das diferentes linguagens e no diálogo entre elas e com as outras áreas do conhecimento, com vista a possibilitar aos estudantes maior autonomia nas experiências e vivências artísticas. As práticas artísticas podem ocupar os mais diversos espaços da escola, espraiando-se para o seu entorno e favorecendo relações com a comunidade.

A Arte como componente curricular integrante do currículo do Ensino Fundamental propõe colocar os estudantes em contato mais profundo com a expressão artística, ou seja, com a beleza, a emoção e a riqueza de informação que ela contém. A partir disso, levá-lo a entender a produção criativa do ser humano dentro do seu contexto histórico e as condições pessoais dos artistas. Os estudantes devem percorrer trajetórias de aprendizagens que proporcione conhecimentos específicos sobre a sua relação com o mundo. Além disso, desenvolvem potencialidades como percepção, observação, imaginação e sensibilidade que podem contribuir para a consciência do seu lugar no mundo e para a compreensão dos conteúdos de outras áreas do currículo.

De acordo com a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) O componente curricular Arte fica constituído por quatro linguagens ou unidades temáticas: Artes Visuais, Música, Dança e Teatro. As quatros linguagens do componente curricular são articuladas em seis dimensões do conhecimento artístico que se entrelaçam concomitantemente no trabalho de Arte, sendo elas: criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão.

As dimensões definidas pela BNCC são assim entendidas:

Criação: refere-se ao fazer artístico, quando os sujeitos criam, produzem e constroem. Trata-se de uma atitude intencional e investigativa que confere materialidade estética a sentimentos, ideias, desejos e representações em processos, acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas. Essa dimensão trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, negociações e inquietações.

Crítica: refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção a novas compreensões do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de relações, por meio do estudo e da pesquisa, entre as diversas experiências e manifestações artísticas e culturais vividas e conhecidas. Essa dimensão articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais.

Estesia: refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos diferentes materiais. Essa dimensão articula a sensibilidade e a percepção, tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo em sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é o protagonista da experiência.

Expressão: refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito individual quanto coletivo. Essa dimensão emerge da experiência artística com os elementos constitutivos de cada linguagem, dos seus vocabulários específicos e das suas materialidades.

Fruição: refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e culturais. Essa dimensão implica disponibilidade dos sujeitos para a relação continuada com produções artísticas e culturais oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos sociais.

Reflexão: refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e os processos criativos, artísticos e culturais. É a atitude de perceber, analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, seja como criador, seja como leitor (BRASIL, 2017, p.194-195).

COMPONENTE CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA – TEXTO INTRODUTÓRIO

Com a BNCC a educação física escolar passou a ser componente curricular da área de Linguagem e deverá se debruçar, além dos movimentos trabalhados em determinadas práticas: danças, jogos, brincadeiras tradicionais, etc, os aspectos culturais e sociais também serão objeto de conhecimento do componente curricular, com as práticas corporais que serão trabalhados com os estudantes.

Os professores possibilitarão aos alunos vivenciarem atividades diversificadas, para o seu desenvolvimento socioemocianal, estimulando-os a reflexão acerca dos valores dessas práticas problematizando questões que contribuam no sentido de desconstrução de pensamentos e posicionamentos preconceituosos, acolhendo a diversidade

Para dar conta dessa diversidade a Educação Física está organizada em seis unidades temáticas propostas:

·    Brincadeiras e Jogos – Prevê atividades para turmas do 1º ao 7º ano, organizadas pelas crianças com regras específicas aprovadas coletivamente, objetivando que entendam a importância dos jogos e brincadeiras do ponto de vista cultural e que valorize as atividades lúdicas enquanto patrimônio da humanidade.

·     Esportes- prevê atividades de práticas corporais com regras formais, tipo volei, basquete, futebol, beisebol, entre outros de acordo com os interesses locais, para que o aluno possa ao final do ensino fundamental identificar e caracterizar os esportes estudados, reconhecendo elementos comuns e suas transformações históricas, para alunos do 1º ao 9º ano.

·  Ginásticas- deve englobar todas as ginásticas e práticas de condicionamento físico e conscientização corporal, com atividades de ginástica artística, rítmica, acrobática, aeróbica, funcional, pilates, yoga, etc, objetivando o conhecimento do próprio corpo, seus limites e possibilidades, bem como a promoção da saúde, para alunos do 1º ao 9º ano.

·    Danças- prevê práticas de movimentos corporais rítmicos, com evolução dos movimentos com ou sem coreografias dentro do contexto histórico e/ou cultural, tais como balé, frevo, samba, funk, ciranda,entre outros,  promovendo o respeito às preferências culturais, locais, regionais, globais, para alunos do 1º ao 9º ano.

·  Lutas – prevê práticas de lutas corporais do contexto local, mas também do contexto nacional, esperando que o seja capaz de identificar movimentos específicos de cada uma, bem como que absorva normas de segurança e bem estar, para alunos do 3º ao 9º ano.

·                Práticas corporais de aventura- prevê atividades corporais desafiadoras, tais como: corrida orientada, corrida de aventura, mountain bike, rapel, skate,patins,  arborismo, etc, baseados nos cuidados com a integridade física e respeito ao patrimônio natural, para alunos do 6º ao 9º ano.

COMPONENTE CURRICULAR – LÍNGUA INGLESA – TEXTO INTRODUTÓRIO

Língua Inglesa - Anos Iniciais

Os Referenciais Curriculares de todas as escolas do país estão estruturados de acordo a uma Base Nacional Comum Curricular, mas também podem organizar uma parte diversificada para atender demandas específicas. No Referencial Curricular de Caém para melhor conhecer as demandas e expectativas educacionais locais foram ouvidos os alunos, familiares, professores, gestores, funcionários das unidades escolares e a comunidade em geral, tanto de forma presencial, quanto online. Diante da escuta a todos os atores da comunidade escolar, grupos de estudo, discussões entre os educadores da rede, resultaram na proposta a seguir.

Considerando a perspectiva de uma escola inclusiva na contemporaneidade, que propõe direitos e possibilidades de aprendizagem com equidade, o estudo da Língua Inglesa desponta enquanto um caminho inclusivo. A Língua Inglesa constitui uma das linguais mais faladas no mundo inteiro, sendo considerada uma língua franca. Hoje a Língua Inglesa é oferecida aos alunos da rede municipal nos Anos Finais (6° ao 9°) e nas escolas da rede privada para os alunos dos Anos Iniciais, que já começam desde cedo a ter contato com o inglês. A proposta curricular municipal de Caém propõe a inserção da Língua Inglesa como componente curricular dos Anos Iniciais, aqui entendida com uma política educacional integradora e inclusiva.

Os Parâmetros Nacionais Curriculares (PCNs) fazem referência a importância para os estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental quanto a língua estrangeira e diz que: “ao entender o outro e sua alteridade, pela aprendizagem de uma língua estrangeira, ele aprende mais sobre si mesmo e sobre o mundo plural marcado por valores culturais diferentes e maneiras diversas de organização política e social” (BRASIL,1997). Partindo dessa afirmação, entendemos que o quanto antes o aluno tiver o contato com outra língua ele poderá ampliar seu horizonte social e cultural.

O ensino de língua estrangeira nos Anos Iniciais desperta o gosto pela leitura, com experiências inovadoras de comunicação desenvolve habilidades como falar e ouvir, amplia o vocabulário e desperta na criança a curiosidade para aprender o novo, além de desenvolver a construção da identidade cultural. A elaboração das diretrizes para o ensino da Língua Inglesa nos Anos Iniciais toma como referência os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), com o objetivo de procurando aproximar os dois ciclos no processo ensino-aprendizagem.

Nosso grande desafio foi de organizar os conteúdos curriculares sequenciais do 1° ao 5° ano de modo sequencial e da elaboração do arcabouço metodológico e orientações ao trabalho docente no ensino da Língua Inglesa, para o planejamento do trabalho diário, por unidade didática e anual, partindo de uma concepção macro para o local, com práticas pedagógicas lúdicas, interativas, evitando o ensino mecânico e enfadonho.

Ao possibilitar aos estudantes práticas discursivas dentro de sua realidade estaremos ampliando as possibilidades de expressão e argumentação, novas formas de ser e ressignificar. Esse fazer por meio de uma língua estrangeira influenciará positivamente nessa produção, ampliando a participação em atividades culturais coletivas.

Para melhor entendimento dessa proposta, mais uma vez recorremos aos PCNs, que afirma:

a aprendizagem de uma língua estrangeira deve garantir ao aluno seu engajamento discursivo, ou seja, a capacidade de se envolver e envolver outros no discurso. Isso pode ser viabilizado em sala de aula por meio de atividades pedagógicas centradas na constituição do aluno como ser discursivo, ou seja, sua construção com sujeito do discurso via língua estrangeira. Essa construção passa pelo envolvimento do aluno com os processos sociais de criar significados, por intermédio da utilização de uma língua estrangeira (BRASIL, 1998, p. 19).

           Considerando as referências teóricas do desenvolvimento sociocultural, cujo processo de aprendizagem perpassa por diversos produtos advindos do universo cultural, o ensino da língua deve ser trabalhado a partir de recursos diversos, como: mapas, jogos, desenhos, rimas, músicas, jogos eletrônicos e tantos outros recursos lúdicos. Como observou Lev Vygotsky, o processo ensino-aprendizagem ocorre a partir das experiências e contatos sociais e culturais, na interação do indivíduo com o meio. Para tanto, os professores mediarão todo processo organizando o ambiente, selecionando materiais e recursos, estimulando a ludicidade e mobilizando a participação nos jogos, nas brincadeiras e interação com seus pares.

       Os jogos e o brincadeiras aqui serão desenvolvidas em duas dimensões correspondendo ao nível formal e semântico da linguagem. No nível formal temos o brincar com os sons para produzir ritmos. Já o brincar com estruturas gramaticais possibilita criar paralelismos e padrões. No nível semântico, há o brincar com unidades de significado, combinando-as de modo a criar no mundo da imaginação e da fantasia.

        O Organizador Curricular de Língua Inglesa para os anos iniciais foi pensado em forma de espiral, para evitar que os conteúdos sejam abordados pontualmente, mas sejam retomados possivelmente em outras situações e/ou momentos de interação, sem uma rigidez nas expectativas de aprendizagem, uma vez que elas poderão ser constantemente retomadas.

          Assim como a Língua Portuguesa, o ensino da Língua Inglesa não deverá se dar de forma fragmentada, a leitura, a escrita e a oralidade não são partes separadas, devem ser desenvolvidas de forma contextualizada e integrada. Ao desenvolver o significado de uma palavra, ao mesmo tempo pode se desenvolver seu conhecimento de letras e seus sons, da estrutura das sentenças, da gramática da língua, e do propósito do uso da língua.

Língua Inglesa - Anos Finais 

O Referencial Curricular do Município de Caém trata a Língua Inglesa como importante ferramenta de inserção do estudante no mundo do conhecimento e do acesso aos bens culturais na sociedade contemporânea poliglota e multicultural; mesmo tratamento que o Currículo Bahia propõe.

Cabe ao professor criar situações de uso real dos conhecimentos da Língua Inglesa, sensibilizando o aluno da sua importância e de como esses conhecimentos poderão promover seu desenvolvimento, sua autoestima, para que possa buscar soluções práticas no uso das tecnologias, nas formas de comunicação midiática, etc.

O desenvolvimento de uma língua estrangeira poderá promover o empoderamento desse aluno, criando expectativas de aprendizagens e de inserção social, na perspectiva de se relacionar com outras culturas, de ampliar seu potencial pesquisador, além de conhecimentos significativos para o mundo do trabalho e /ou projetos de vida num futuro próximo.

No nosso dia a dia já se percebe uma variedade de gêneros textuais, palavras e expressões da Língua Inglesa, quer seja em propagandas, filmes, músicas, jornais, principalmente no mundo digital, trazendo assim o multiletramento como uma realidade que precisa ser incorporada ao cotidiano escolar.

Tais condições sociais e culturais evidenciam a necessidade urgente o ensino da língua estrangeira de forma crítica, com estratégias pedagógicas que privilegiam a formação humana e cidadã, as interações sociais na perspectiva da diversidade, por meio dos eixos norteadores: Dimensão Intercultural, Escrita, Conhecimentos Linguísticos, Oralidade e Leitura, tratados de forma transversal nas diversas práticas de linguagem.

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